sexta-feira, 29 de outubro de 2010

NOMENCLATURA PARTE 1

Fala galera..
Vocês não tem noção o quanto estou me divertindo com a criação desse blog. O mais legal de tudo que não projeto muito para que as coisas aconteçam. Apenas acontecem. Como prometido hoje eu falarei um pouco da nomenclatura empregada nas usinas. Não sei se colocarei todas aqui, mas tentarei fazer o máximo para que vocês entendam.

Resolvi criar esse post, pois daqui pra frente usarei termos que vocês teram que saber o que é. Portanto, não se preocupem, se houver algum termo no texto que vocês não entenderem, voltem para esse post e fiquem por dentro. Se por ventura a palavra utilizada não estiver aqui, eu crio no final do post uma "obs" para explicar o termo.

NOMENCLATURA

Grau ºBrix: é a palavra mais usada por toda a indústria. É uma escala numérica que mede a quantidade de sólidos solúveis em uma solução açucarada. O ºbrix é aferido por um aparelho chamado refratômetro. Sua escala foi derivada originalmente da escala de Balling, recalculando a temperatura de referência de 15,5 ºC. É importante dizer que essa escala é usada em todas as indústrias de alimento.

Pol: é a quantidade de açúcar contido em uma solução açucarada. A determinação da pol é indispensável para o fornecedor de cana, pois ele é remunerado conforme a quantidade de sacarose na cana fornecida. Esse calculo de pagamento é realizado no Laboratório de PCTS.

PCTS: é um laboratório dentro da usina destinado ao pagamento dos fornecedores de cana. PCTS significa, Pagamento de Cana por Teor de Sacarose. Quanto mais sacarose, mais o fornecedor é remunerado.

Pureza: é a razão da Pol sobre o Brix vezes 100. Exemplo: Se eu tenho uma cana com 14 de Pol e 16 ºBrix, fazendo a divisão e multiplicando por 100 o resultado será de uma cana com Pureza = 87,5. O padrão de pureza ideal é de >85%

AR: são os Açucares Redutores, ou seja, aqueles que não se cristalizam, sendo eles glicose e frutose. Na fábrica de Açúcar quanto menos AR melhor. Na destilaria quanto mais AR melhor.

ART: são os Açucares Redutores Totais, ou seja, os três tipo de açucares existentes na cana: glicose, frutose e sacarose.

pH: é o potencial Hidrogeniônico de qualquer solução. Essa escala que varia de 0 a 14 nos informa como está a solução: ácida, básica ou neutra. pH de 0 a 6,9 a solução está ácida. pH de 7 é uma solução neutra. pH 7,1 a 14 a solução está básica. O importante é que o pH das canas estejam de 5,2 a 5,5, portanto o caldo de cana é um líquido ácido, abaixo disso o caldo está se deteriorando.

Fibra: matéria seca, insolúvel em água, que está contida na cana. Muitas pessoas confundem Fibra e Bagaço, mas são duas coisas diferentes.

Bagaço: Resíduo fibroso resultante do processo de extração do caldo da cana. É queimado na caldeira para produzir vapor e energia. O excedente é estocado. Uma área em expansão em uma usina, hoje, é a cogeração de energia, tocando a indústria com a própria energia e vendendo o excedente.

Continua...

Um comentário:

  1. A partir de conhecimentos em curso tecnico quimico aprendemos que:

    F = Fibra, logo:
    F = (PBU . 0,08) + 0,8760
    onde PBU = Peso do Bolo Umido

    Fator Brix = 0,2605 - (Brix . 0,0009882)
    onde:
    Pol%Caldo = Pol . Fator Brix

    Pureza = (Pol%Caldo / Brix) . 100

    Cs = fator de correção do pol do caldo extraído em pol% do caldo absoluto (matéria prima completa o caldo + fibra), logo:
    Cs = 1,0313 - (F . 0,00575)

    Pol%Cana = [1 - (F . 0,01)] . Pol%Caldo . Cs

    AR = (3,6410 - 0,0343 . Pza) . (1 - 0,01 . F) . (1,0313 - 0,00575 . F)

    ATR = (9,5263 . P%Cana) + (9,05 . AR)

    espero que tenha ajudado em algo =D
    está tudo muito lindo amor, forças para continuar.
    s2

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